sexta-feira, 10 de julho de 2020

A vida, os números, a geometria sagrada, a matemática...

Reflexões e trechos de estudos
A vida, os números, a geometria sagrada, 
a matemática...
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Cogitoergo sum é uma frase de autoria do filósofo e matemático francês René Descartes (1596 - 1650). 
Em geral, é traduzida para o português como "penso, logo existo"; embora seja mais correto traduzi-la como "penso, portanto sou". ... 
Descartes alcança essa conclusão após duvidar da verdade de todas as coisas

((Eu sou !))
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Erwin Schrödinger

Erwin Schrodinger, 1987-1961 Prêmio Nobel de Física de 1933, pelo desenvolvimento da equação de Schrodinger, que descreve o comportamento quântico de uma molécula. 

Livro: O que é a vida ?
Trecho:

Duas maneiras de produzir ordem

A ordem encontrada no desenvolvimento da vida vem de uma fonte diferente.
Parece que existem dois “mecanismos" diferentes pelos quais eventos ordenados
podem ser produzidos: o “mecanismo estatístico”, que produz “ordem a partir da
desordem" e um novo, que produz “ordem a partir da ordem". Para a mente sem
preconceitos, o segundo princípio parece muito mais simples, muito mais
plausível. Sem dúvida o é. Esse é o motivo pelo qual os físicos tanto se
orgulhavam de ter encontrado o outro, o princípio da “ordem a partir da
desordem", que é realmente seguido pela Natureza e que sozinho permite
entender a grande linha de eventos naturais, primeiramente, sua irreversibilidade.
Mas não podemos esperar que as “leis da física" dele derivadas bastem para
explicar o comportamento da matéria viva, cujas mais evidentes características
são visivelmente baseadas no princípio da “ordem a partir da ordem". Não seria
de esperar que dois mecanismos inteiramente diferentes resultassem no mesmo
tipo de lei. Você não esperaria que sua chave abrisse também a porta do vizinho.
Não devemos, portanto, sentir-nos desencorajados pela dificuldade de interpretar
a vida a partir das leis comuns da física. Pois dificuldade é justamente o que se
deve esperar do conhecimento que adquirimos da estrutura da matéria viva.
Devemos estar preparados para nela encontrar um novo tipo de lei física. Ou
devemos dizer uma lei não-física, para não dizer superfísica?
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"Se você continuar a fazer oque sempre fez, 
com absoluta certeza continuará a ser o que sempre foi."
Carlos Rosa
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Transforme-se!
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Antoine Jean-Baptiste Marie Roger Foscolombe, Conde de Saint-Exupéry, popularmente conhecido como Antoine de Saint-Exupéry (Lyon29 de junho de 1900 — litoral sul da França31 de julho de 1944) foi um escritorilustrador e piloto francês, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.

 Antoine de SAINT-EXUPÉRY
“O Pequeno Príncipe”

“As pessoas crescidas adoram os números.
Quando você lhes fala de um novo amigo, elas
nunca perguntam o essencial: ‘Qual é o som de sua voz?

Quais são os seus brinquedos preferidos? Ele 
coleciona borboletas?’

Elas sempre p
erguntam: ‘Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem?
Quanto ele pesa? Quanto ganha seu pai?’ 
Somente então elas acreditam tê-lo conhecido.
Se você diz às pessoas crescidas:
 ‘Eu vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, com gerânios na janela e pombos no telhado...’, 
elas não conseguem nem imaginar essa casa. 
É necessário dizer-lhes:
‘Eu vi uma casa de cem mil francos’.
 Então elas exclamam: ‘Como é bonita!’.”


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A matemática e o número 12

O lema da escola pitagórica era “Tudo é número”. Eles procuravam explicar tudo que existe na natureza através dos números. Os pitagóricos formaram uma sociedade cujo emblema era o pentágono estrelado – ou pentagrama. A única aspiração deles era o conhecimento. Os estudos dos pitagóricos trouxeram grandes contribuições para a Matemática, principalmente na Geometria. Entre essas contribuições, a de maior sucesso foi sem dúvida o conhecido teorema de Pitágoras. Mesmo depois da morte de Pitágoras, ocorrida por volta de 500 a.C., a sociedade dos pitagóricos continuou a existir por mais de quatro séculos. 

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Reflexão: 
Homo liber nulla âe re minus quam de morte cogitat; et ejus sapientia non mortis
sed vitae meditatio est. 
(Não existe nada em que um homem livre pense menos que a morte; 
sua sabedoria é meditar não sobre a morte, mas sobre a vida.)
Espinosa, Etica, p.IV, Prop.67.
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Em 1876 o abade (*1) A. Gratry escreveu: “Se realmente os caracteres
matemáticos são verdades absolutas eternas, eles vivem em Deus, são
a Lei de todas as coisas. Nossa compreensão começa pela natureza
inanimada. Mas, que são os números na ordem viva? Que são eles na
alma? Que são eles em Deus? E qual a filosofia dessas formas?
Perguntas estranhas para os matemáticos puros, assim como para os
filósofos puros, mas perguntas que são feitas e que talvez sejam
respondidas um dia, quando as matemáticas se estenderem ao
conjunto da ciência comparada”.
Não podemos falar de Cabala sem falar da “Árvore da Vida”, que
é um diagrama que representa as forças operativas do Universo. Alan
Richardson nos diz que assim como a Astrologia classifica o caráter
humano em doze tipos distintos, a “Árvore da Vida”, possui dez
categorias essenciais em que as qualidades da vida podem ser
divididas.
(*1) Alphonse Gratry (Lille30 de março de 1805 – Montreux (Suíça), 7 de fevereiro de 1872) foi um filósofo francês do século XIX.
Foi professor de Teologia Moral na Sorbonne e membro da Academia Francesa (1867), participou na fundação do Oratório da Imaculada Conceição. Combateu o panteísmo e o idealismo alemão (em especial Hegel), defendendo em alternativa um espiritualismo católico baseado num método indutivo.
Exerceu forte influência ao Padre Antonin-Gilbert Sertillanges.
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12
Jesus escolheu doze Apóstolos: Simão pescador (a quem
altera o nome para Pedro), e André, seu irmão; Tiago, filho de
Zebedeu, e João, seu irmão; Felipe e Bartolomeu; Tomé e
Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu (apelidado
Tadeu); Simão Cananita (que tem o nome alterado para “o
Zelote”) e Judas Iscariotes.

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12
Doze é a multiplicação da criação, da perfeição divina. O número 12 aparece desde os primórdios da civilização. É algo recorrente e diversificado. O calendário Babilônico, por exemplo, era baseado no número 12, até porque o tempo e o espaço têm forte relação com o 12: nosso dia é dividido em 2 períodos de 12 horas, o dia e a noite. Nosso ano tem 12 meses, nosso relógio 2 vezes 12 horas e até nossos minutos, que são medidos em 60 segundos, são resultado de 5 vezes 12. As estações do ano são quatro, divididas em períodos de 3 meses.
3 x 4 = 12.
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12
O 12 aparece na história, na religião, na astrologia e em diversas outras esferas da sociedade e civilização. A coroa do Rei da Inglaterra é incrustrada de 12 pedras, cada uma simbolizando as virtudes e funções do monarca:
Topázio - São as virtudes que o Rei deve possuir; Esmeralda - Justiça; Sardônico - Elevação; Crisólito - Sabedoria e prudência do Rei; Calcedônia - Coragem; Jacinto - Temperança e solidariedade; Jaspe - Abundância que deve ser direcionada ao povo; Crisólogo - Busca das coisas celestes; Berilo - Desprendimento e pureza do Rei; Safira - Continência; Ametista - É a função real da que o Rei não deve abdicar jamais; Ônix - Humildade, caridade e sinceridade do Rei.

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12
As notas musicais são 12:
C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#, A, A#, B.
...ou 12 são os graus cromáticos:
dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá#, si.

12 são as matrizes de cores primárias, secundárias e complementares:
Amarelo, Amarelo Esverdeado, Verde, Azul Esverdeado, Azul, Azul Violeta, Violeta, Vermelho Violeta, Vermelho, Vermelho Alaranjado, Laranja, Amarelo Alaranjado.



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12

Os Doze Sentidos e os sete processos vitais
Conferência proferida em Dornach (Suiça), em 12 de agosto de 1916
Rudolf Steiner


Quando se fala em ‘grande mundo’ e ‘pequeno mundo’, em rnacrocosmo e microcosmo — como, por exemplo, Göethe o fez em seu Fausto —, fala-se do universo todo e do homem: o universo todo como sendo o grande mundo e o homem como sendo o pequeno mundo. O relacionamento entre o cosmo e o homem é, como já vimos em vários exemplos, múltiplo e bastante complicado. Hoje quero relembrar algumas coisas que já foram abordadas e ligar esta recordação a uma observação sobre o relacionamento do homem com o universo. Os Senhores recordam que, ao falar de nossos sentidos, daquilo que o homem é como portador de seus sentidos, afirmamos que esses sentidos receberam seu primeiro germe, seu primeiro impulso, durante o desenvolvimento do antigo Saturno.1 Isso os Senhores já encontram nos vários ciclos [impressos] de palestras [proferidas por mim]. Mas é óbvio que não podemos imaginar que os sentidos, da maneira como surgiram no primeiro impulso, no primeiro germe, na época do antigo Saturno, já fossem tal qual são hoje. Evidentemente, isso seria uma insensatez. Já é mesmo extremamente difícil imaginar como eram os sentidos dos homens durante o desenvolvimento da antiga Lua. Nessa época, eles ainda eram bem diferentes do que são hoje. Eu gostaria, então, de esclarecer como eram esses sentidos em seu terceiro estágio de desenvoivimento 2 durante a evolução da antiga Lua. A configuração que os sentidos humanos têm hoje é bem mais desvitalizada do que na época do desenvolvimento da antiga Lua. Naquela época, os sentidos eram muito mais vivos, eram órgãos muito mais cheios de vida. Em compensação, não eram apropriados para formar a base da vida totalmente consciente do homem; eram apropriados apenas para a antiga clarividência onírica do homem lunar, que se consumava com a exclusão de qualquer tipo de liberdade, de qualquer atitude ou impulso de desejo livres. A liberdade, como impulso, só pôde desenvolver-se no homem durante o período de evolução da Terra. Portanto, os sentidos ainda não eram a base para este tipo de consciência que possuímos durante a época terrestre; constituíam apenas a base para uma consciência que era mais indistinta e mais imaginativa do que a atual consciência terrena, e que se assemelhava, como já foi exposto várias vezes, à atual consciência de sonho. O homem, tal como é hoje, admite cinco sentidos. Nós, porém, sabemos que isso é incorreto, pois na verdade temos de distinguir doze sentidos humanos. Todos os outros sete devem ser mencionados, além dos cinco usuais; trata-se de sentidos tão legítimos, para a época da Terra, como o são os cinco sentidos sempre mencionados.

Os doze sentidos e os sete processos vitais  - Rudolf Steiner  - Editora Antroposófi ca Antroposofi a – um resumo depois de 21 anos – Rudolf Steiner –Ed. João de Barro – palestra de  02.02.1924  O artigo O Corpo Etérico – Dr. Otto Wolf – O Artigo Os Sete Processos Vitais – Sonia Setzer  - publicado na revista da  SMBA 

Rudolf Steiner[1] (Kraljevec, fronteira austro-húngara, 27 de fevereiro de 1861 — Dornach30 de março de 1925) foi um filósofo, educador, artista e esoterista. Foi fundador da antroposofia, da pedagogia Waldorf, da agricultura biodinâmica, da medicina antroposófica e da euritimia, esta última criada com a colaboração de sua esposa, Marie Steiner-von Sivers. Seus interesses eram variados: além do ocultismo, se interessou por agriculturaarquiteturaartedramaliteraturamatemáticamedicinafilosofiaciência e religião.
  1.  «Goetheanum»www.goetheanum.org. Consultado em 10 de junho de 2020
Após terminar sua tese de doutorado na Universidade de Rostock, sobre a teoria do conhecimento de Fichte, a partir de 1883 dedicou-se a editar as obras científicas de Johann Wolfgang von Goethe. Tornou-se um profundo conhecedor da obra de Goethe, escrevendo numerosas obras sobre este e dedicando-se à explicação do pensamento do autor alemão. Ao mesmo tempo escrevia sobre assuntos filosóficos.

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