quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Selene/ Diana... A Lua


















Etimologia


A etimologia da Selene é incerta, mas se o nome é de origem grego, é provável que se conecte a palavra selas (σέλας), significando "luz".3
Assim como Hélio, a partir de sua identificação com Apolo, é chamado Febo ("brilhante"), Selene, a partir de sua identificação com Ártemis, também é comumente referida pelo epíteto Phoebe (forma feminina).4 A Phoebe original da mitologia grega é a tia de Selene, a mãe Titânide deLeto e Astéria, e avó de Apolo, Ártemis e Hecate. Também a partir de Ártemis, Selene às vezes era chamada de "Cíntia".5
Selene também foi chamado Mene.6 A palavra de homem (feminino mene), significa a lua, e o mês lunar. Era também o nome do deus frígio da lua Men.7


Endimião era um belo jovem que apascentava seu rebanho no Monte Latmos. Numa noite calma e clara,
Diana, a lua, olhou-o e viu-o dormindo. O frio coração da deusa virgem aqueceu-se ante aquela inexcedível beleza e curvando-se sobre o jovem, ela o beijou e ficou contemplando-o enquanto dormia. Outra versão é a de que Júpiter concedeu a Endimião o dom da perpétua juventude combinada com o sono perpétuo. De uma pessoa tão bem-dotada, não poderemos ter muitas aventuras a mencionar. Diana, contava-se, providenciou para que a fortuna do jovem não sofresse em conseqüência de sua vida inativa, pois fez seu rebanho aumentar, protegendo-o contra as feras. A história de Endimião tem um encanto particular pela significação humana que deixa transparecer. Vemos nele o jovem poeta cuja fantasia e cujo coração procuram, inutilmente, algo que possa satisfazê-lo, encontrando sua hora favorita no tranqüilo luar e alimentando ali, sob os raios da testemunha brilhante e silenciosa, a melancolia e o ardor que o consomem. A história faz lembrar o amor poético e cheio de aspirações, uma vida gasta mais em sonhos que na realidade e uma morte prematura e bem-vinda. Young, no poema "Pensamentos Noturnos", assim alude a Endimião: E Diana 


...Estes cismares São teus, ó Noite! 
São como os suspiros. 
Escapam dos que amam, 
enquanto os outros Tranqüilos dormem. 
Assim, contam os poetas, 
Cíntia, velada pelas sombras, leve. 
Do céu descia e seu pastor fitava, 
O seu pastor que a amava menos, 
Bem menos que eu te amo. 
Fletcher, em "Pastora Fiel", diz: 
Como a pálida Diana caçadora, 
Ao ver Endimião a vez primeira, 
Sentiu no peito o fogo que não morre 
E levou-o, dormindo, para o cimo Do velho Latmos, 
onde, cada noite, 
Com a luz do seu irmão dourando os montes, 
Ia beijá-lo.

Mitos

Escultura romana de Luna ou Diana Lucifera, portando uma tocha
Depois que seu irmão, Hélios, termina sua jornada pelo céu, Selene, recém-banhada nas águas do Oceano que circunda a terra, começa sua própria jornada enquanto a noite cai sobre a terra, iluminada pela radiância da sua cabeça imortal e de sua áurea coroa. Jovem e bela.
Na Arcádia, uniu-se a Pã, que a seduziu disfarçando-se com uma pele de ovelha e depois a presenteou com um rebanho de bois inteiramente brancos que ela usou para puxar seu carro noturno.
Com Antifemo ou Eumolpo, Selene teve o filho Museu, um adivinho renomado e grande músico, capaz de curar doentes com sua arte, que foi amigo inseparável, discípulo ou mesmo mestre de Orfeu.
Seu amante mais célebre, todavia, foi o jovem e formoso Endímion - um caçador ou pastor, segundo a maioria das variantes, ou um rei, segundo Pausânias. Segundo Apolônio, a pedido de Selene, Zeus prometeu a Endímion atender-lhe de imediato a um desejo, por mais difícil que fosse e ele pediu um sono eterno, para que pudesse permanecer jovem para sempre. Maravilhosamente belo, permanecia adormecido na encosta de uma montanha no Peloponeso, ou no monte Latmos, na Cária, perto de Mileto. Noite após noite, Selene descia atrás do monte para visitá-lo e cobri-lo de beijos.

]

Uma variante contada por Cícero relata que o sono mágico foi obra da própria deusa. Adormeceu-o, cantando, a fim de que pudesse encontrá-lo e acariciá-lo sempre que desejasse. Dessa paixão nasceram cinqüenta filhas, as Menas (uma das quais foi Naxos, a ninfa da ilha do mesmo nome) que representam os cinqüenta meses lunares que existem em uma Olimpíada, período de quatro anos que regia o calendário grego.
Existiu um santuário de Endímion em Heracléia, na encosta sul do Latmos, uma câmara em forma de ferradura com um vestíbulo de entrada e um átrio sustentado por pilares.
Este mito contrasta com o de Eos, irmã de Selene que pediu a Zeus imortalidade para seu amante Titono, mas esqueceu-se de pedir também a juventude eterna. Sem poder morrer, o pobre Titono envelheceu e encolheu até se reduzir a um inseto dessecado.

Roma
Em Roma, Luna tinha um templo no monte Aventino, que foi construído no seculo VI a.C. e destruído pelo grande incêndio de Roma no reinado de Nero. Havia também um templo dedicado a Luna Noctiluca ("Luna que brilha à noite") no monte Palatino. Havia festivais em honra de Luna em 31 de março, 24 de agosto e 29 de agosto.

Os lunáticos

Selene é um substituto de mênê, "lua", nome antigo do mês, provavelmente por um tabu lingüístico, uma vez que a lua estava ligada a um mundo perigoso e maléfico, como atesta o verbo selêniazein, "ser ferido pela lua, tornar-se lunático, isto é, epiléptico, convertendo-se desse modo em adivinho ou feiticeiro".

A crença nos poderes maléficos de Selene é atestada em duas passagens importantes do Evangelho de Mateus, 4:24 e 17:15. Na primeira, diz o texto: "e espalhou-se a sua fama (de Jesus) por toda a Síria e trouxeram-lhe todos os que tinham algum mal, possuídos de vários achaques e dores, os possessos, os lunáticos (selêniazoumenous), os paralíticos e curava-os". No segundo, "tendo ido para jundo do povo, aproximou-se dele um homem que se lançou de joelhos diante dele, dizendo: Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático (hoti selêniazetai) e sofre muito".



Selene, Goddess of the Moon. Selene, daughter of Hyperion and Theia, is a goddess
of the moon. Like her brother Helius, she drives a chariot, although hers
usually has only two horses. The Homeric Hymn to Selene (32) presents a picture.
t Tell in song about the moon in her long-winged flight, Muses, skilled in song,
sweet-voiced daughters of Zeus, the son of Cronus. The heavenly gleam from
her immortal head radiates onto earth. The vast beauty of the cosmos emerges
under her shining radiance. The air, unlit before, glistens and the rays from her
golden crown offer illumination whenever divine Selene, having bathed her
beautiful skin, put on her far-glistening raiment, and yoked the powerful necks
of her shining team, drives forward her beautifully maned horses at full speed
in the evening; in mid-month brightest are her beams as she increases and her
great orbit is full. From the heavens she is fixed as a sure sign for mortals.
Once Zeus, the son of Cronus, joined in loving union with her; she became
pregnant and bore a daughter, Pandia, who had exceptional loveliness among
the immortal gods.
Hail, kind queen with beautiful hair, white-armed goddess, divine Selene.
From you I have begun and I shall go on to sing of mortal demigods whose
achievements minstrels, servants of the Muses, celebrate in songs from loving
lips.
Selene and Endymion. Only one famous myth is linked with Selene, and that
concerns her love for the handsome youth Endymion, who is usually depicted
as a shepherd. On a still night, Selene saw Endymion asleep in a cave on Mt.
Latmus (in Caria). Night after night, she lay down beside him as he slept. There
are many variants to this story, but in all the outcome is that Zeus granted
Endymion perpetual sleep with perpetual youth. This may be represented as a
punishment (although sometimes Endymion is given some choice) because of
Selene's continual absence from her duties in the heavens, or it may be the fulfillment
of Selene's own wishes for her beloved.
Apollo, Sun-God, and Artemis, Moon-Goddess. Many stories about the god of the
sun, whether he be called Hyperion, Helius, or merely the Titan, were transferred
to the great god Apollo, who shares with them the same epithet, Phoebus,
which means "bright." Although Apollo was, in all probability, not originally
a sun-god, he came to be considered as such. Thus Phaëthon may become
the son of Apollo, as sun-god. Similarly Apollo's twin sister Artemis became associated
with the moon, although originally she probably was not a moongoddess.
Thus Selene and Artemis merge in identity, just as do Hyperion, Helius,
and Apollo; and Selene and Artemis also are described by the adjective "bright,"
Phoebe (the feminine form of Phoebus).15 Therefore the lover of Endymion becomes
Artemis (or Roman Diana).






 Fontes:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Selene
O Livro de ouro da Mitologia - Thomas Bulfinch
Classical Mythology - Mark P.O Morford / Robert J. Lenardon