sábado, 13 de fevereiro de 2016

Diderot...



As reflexões que explodem mentalmente ao ler a Carta sobre os cegos é só o princípio de mais uma série de perguntas que levam a uma infinidade de caminhos a serem encontrados...
... A busca pela sabedoria infinita é um milagre a ser encontrado a cada segundo, sem cessar...



...Diderot nasceu na pequena cidade francesa de Langres, a 8 de outubro de 1713, filho de um cuteleiro chamado Didier e de Angélica, sua esposa. Desde cedo é orientado para o sacerdócio, em virtude de possuir, do lado materno, vários clérigos como parentes. Assim sendo, ingressa no colégio jesuíta da cidade natal, onde se revela brilhante aluno, sobretudo em latim e matemática. Com apenas treze anos de idade recebe a tonsura, veste a sotaina e é chamado senhor abade. Os parentes ficam muito contentes, pensando que ele estivesse disposto a seguir a carreira eclesiástica, mas logo se desiludem. Diderot quer apenas estudar e para isso dirige-se a Paris e ingressa no Colégio Louis, le Grand, onde Voltaire estudara anos antes. Aprofunda-se em lógica, física, moral, matemática e metafísica, disciplinas vestidas convenientemente, no ensino da época, em roupagem aristotélica e teológica. Em 1732 torna-se “maître des arts” pela Universidade de Paris e mostra-se possuidor de considerável erudição em grego, italiano e inglês, adquirida autodidaticamente.


Diderot – Carta sobre os cegos, para o uso dos que veem. 

Possunt, nec posse videntur. 
(Virgílio, Eneida, liv. 5, v. 231) 

Um de nós lembrou-se de indagar ao nosso cego se ficaria contente em ter olhos: “Se a curiosidade não me dominasse, disse ele, eu preferiria muito mais ter longos braços: parece-me que minhas mãos me instruiriam melhor do que se passa na lua do que vossos olhos ou vossos telescópios; além disso, os olhos cessam de ver mais do que as mãos de tocar. Valeria pois muito mais que me fosse aperfeiçoado o órgão que possuo do que me conceder o que me falta”. 


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